Fundação
de Saúde de Nova Andradina poderá
restituir mais de R$ 4 milhões, referentes à contribuição previdência pagas de
2011 e a extinção de mais de 5 ações fiscais de aproximadamente R$ 3,5 milhões.
Decisão cabe recurso no STJ.
O Tribunal Regional Federal
da 3ª Região (TRF3) confirmou, neste mês de agosto, que a Fundação de Saúde de
Nova Andradina, mantenedora do Hospital Regional Francisco Dantes Maniçoba, tem
imunidade tributária com relação ao patrimônio, renda ou serviços,
especialmente quanto à cota patronal da contribuição previdenciária.
A ação cível da Fundação foi
encampada pelo Diretor Jurídico Marcos Rogério Fernandes, que desde 2014,
iniciou a ação junto a Justiça Federal de Dourados. Não obtendo sucesso na
primeira instancia, recorreu ao TRF3 em São Paulo, obtendo a vitória por
unanimidade.
Na análise do defensor da
causa, o Hospital Regional se tornou referência na gestão administrativa,
condução e apoio jurídico nos últimos dois anos. “Unidades hospitalares de
Minas Gerais, Piauí e São Paulo estão buscando informações sobre a política
adotada pela gestão, considerada bem-sucedida na transparência e administração
financeira, assim como no relacionamento entre direção e colaboradores”, informa
Marcos Rogério Fernandes que está à frente do jurídico da fundação desde a sua
abertura em 2011.
Na decisão do desembargador
geral, Wilson Zauhy, a instituição hospitalar tem o direito a restituição de
todos os tributos cobrados a partir de 1 de janeiro de 2011, com juros e
correção monetária.
Conforme levantamento
preliminar, a expectativa é que o Hospital seja beneficiado em mais de R$ 7
milhões. São mais de R$ 4 milhões, referentes à contribuição previdência pagas
desde janeiro de 2011 e a extinção de mais de 5 ações fiscais contra a fundação
no valor aproximando de R$ 3,5 milhões.
Esses recursos serão
destinados a reorganização das contas, investimentos em modernização da unidade
hospitalar, pagamento da folha salarial em dia, aquisição de novos
equipamentos, entre outros.
De acordo com o diretor
geral, Nelson Custódio da Silva, o saneamento das contas é condição essencial
para manter o hospital em funcionamento. “Quando assumimos o hospital, em 2017,
encontramos uma situação de calamidade nas contas, dívidas com fornecedores,
união, FGTS, INSS, com a prestadora de serviços. Desde então, a fundação passou
da condição de déficit crescente anual para a condição de superávit, pela
primeira vez na sua história. Renegociamos todas as dívidas pendentes e
conseguimos chegar ao equilíbrio. Isso foi possível graças ao apoio
incondicional do prefeito Gilberto Garcia, que sempre estendeu a mão e atendeu
às demandas, que não são poucas, do Hospital Regional”, encerra o diretor.
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