Com a queda
da União Soviética e dos governos comunistas do Leste Europeu, muitas pessoas
passaram a crer que o marxismo, a religião do comunismo, está morto. Ledo engano.
O marxismo está vivo e vigoroso ainda em muitos países, como Coréia do
Norte, Cuba, Vietnã, Laos, em vários países africanos e, principalmente, na
mente de muitos líderes políticos da América do Sul.
No entanto,
de extrema importância para o futuro da humanidade é o fato de que o comunismo
ainda segue poluindo o pensamento e as ideias de uma vasta multidão de
acadêmicos e intelectuais do Ocidente.
De todas as
religiões, seculares ou não, o marxismo é de longe a mais sangrenta — muito
mais sangrenta do que a Inquisição Católica, do que as várias cruzadas e do que
a Guerra dos Trinta Anos entre católicos e protestantes. Na prática, o marxismo
foi sinônimo de terrorismo sanguinário, de expurgos seguidos de morte, de
campos de prisioneiros e de trabalhos forçados, de deportações, de inanição
dantesca, de execuções extrajudiciais, de julgamentos "teatrais", e
de genocídio e assassinatos em massa.
No total, os
regimes marxistas assassinaram aproximadamente 110 milhões de pessoas de 1917 a
1987. Para se ter uma perspectiva deste
número de vidas humanas exterminadas, vale observar que todas as guerras
domésticas e estrangeiras durante o século XX mataram aproximadamente 85
milhões de civis. Ou seja, quando
marxistas controlam estados, o marxismo é mais letal do que todas as guerras do
século XX combinadas, inclusive a Primeira e a Segunda Guerra Mundial e as
Guerras da Coréia e do Vietnã.
E o que o
marxismo, o maior de todos os experimentos sociais humanos, realizou para seus
cidadãos pobres à custa deste sangrento número de vidas humanas? Nada de
positivo. Ele deixou em seu rastro
apenas desastres econômicos, ambientais, sociais e culturais.
O Khmer
Vermelho — comunistas cambojanos que governaram o Camboja por quatro anos —
fornece algumas constatações quanto ao motivo de os marxistas acreditarem ser
necessário e moralmente correto massacrar vários de seus semelhantes. O marxismo deles estava em conjunção com o
poder absoluto. Eles acreditavam, sem
nenhuma hesitação, que eles e apenas eles sabiam a verdade; que eles de fato
construiriam a plena felicidade humana e o mais completo bem-estar social; e
que, para alcançar essa utopia, eles tinham impiedosamente de demolir a velha
ordem feudal ou capitalista, bem como a cultura budista, para então reconstruir
uma sociedade totalmente comunista.
Nada deveria
se interpor a esta realização humanitária.
O governo — o Partido Comunista — estava acima das leis. Todas as outras
instituições, normas culturais, tradições e sentimentos eram descartáveis.
Os marxistas
viam a construção dessa utopia como uma guerra contra a pobreza, contra a
exploração, contra o imperialismo e contra a desigualdade — e, como em uma
guerra real, não-combatentes também sofreriam baixas. Haveria um
necessariamente alto número de perdas humanas entre os inimigos: o clero, a
burguesia, os capitalistas, os "sabotadores", os intelectuais, os
contra-revolucionários, os direitistas, os tiranos, os ricos e os proprietários
de terras. Assim como em uma guerra,
milhões poderiam morrer, mas essas mortes seriam justificadas pelos fins, como
na derrota de Hitler na Segunda Guerra Mundial.
Para os marxistas no governo, o objetivo de uma utopia comunista era
suficiente para justificar todas as mortes.
A ironia é
que, na prática, mesmo após décadas de controle total, o marxismo não apenas
não melhorou a situação do cidadão comum, como tornou as condições de vida
piores do que antes da revolução. Não é
por acaso que as maiores fomes do mundo aconteceram dentro da União Soviética
(aproximadamente 5 milhões de mortos entre 1921-23 e 7 milhões de 1932-33,
inclusive 2 milhões fora da Ucrânia) e da China (aproximadamente 30 milhões de
mortos em 1959-61). No total, no século
XX, quase 55 milhões de pessoas morreram em vários surtos de inanição e
epidemias provocadas por marxistas — dentre estas, mais de 10 milhões foram
intencionalmente esfaimadas até a morte, e o resto morreu como consequência
não-premeditada da coletivização e das políticas agrícolas marxistas.
O que é
espantoso é que esse histórico fúnebre do marxismo não envolve milhares ou
mesmo centenas de milhares, mas milhões de mortes. Tal cifra é praticamente incompreensível — é
como se a população inteira do Leste Europeu fosse aniquilada. O fato de que mais 35 milhões de pessoas
fugiram de países marxistas como refugiados representa um inquestionável voto
contra as pretensões da utopia marxista.
[Tal número equivale a todo mundo fugindo do estado de São Paulo,
esvaziando-o de todos os seres humanos.]
Há uma lição
supremamente importante para a vida humana e para o bem-estar da humanidade que
deve ser aprendida com este horrendo sacrifício oferecido no altar de uma
ideologia: ninguém jamais deve usufruir de poderes ilimitados.
Quanto mais
poder um governo usufrui para impor as convicções de uma elite ideológica ou
religiosa, ou para decretar os caprichos de um ditador, maior a probabilidade
de que vidas humanas sejam sacrificadas e que o bem-estar de toda a humanidade
seja destruído. À medida que o poder do
governo vai se tornando cada vez mais irrestrito e alcança todos os cantos da
sociedade e de sua cultura, maior a probabilidade de que esse poder exterminará
seus próprios cidadãos.
À medida que
uma elite governante adquire o poder de fazer tudo o que quiser, seja para
satisfazer suas próprias vontades pessoais ou, como é o caso dos marxistas de
hoje, para implantar aquilo que acredita ser certo e verdadeiro, ela poderá
impor seus desejos sem se importar com os custos em vidas humanas. O poder é a condição necessária para os
assassinatos em massa. Quando uma elite
obtém autoridade plena, várias causas e condições poderão se combinar para
produzir o genocídio, o terrorismo, os massacres ou quaisquer assassinatos que
os membros dessa elite sintam serem necessários. No entanto, o que tem de estar claro é que é
o poder — irrestrito, ilimitado e desenfreado — o verdadeiro assassino.
Nossos
acadêmicos e intelectuais marxistas da atualidade usufruem um passe livre. Eles não devem explicações a ninguém e não
são questionados por sua defesa de uma ideologia homicida. Eles gozam de um certo respeito porque estão
continuamente falando sobre melhorar as condições de vida dos pobres e dos
trabalhadores, suas pretensões utópicas.
Porém, sempre que adquiriu poder, o marxismo fracassou miserável e
horrendamente, assim como o fascismo.
Portanto, em vez de serem tratados com respeito e tolerância, marxistas
deveriam ser tratados como indivíduos que desejam criar uma pestilência mortal
sobre todos nós.
Da próxima
vez que você se deparar com marxistas ou com seus quase equivalentes, os
fanáticos esquerdistas, pergunte como eles conseguem justificar o assassinato
dos mais de cento e dez milhões de seres humanos que sua fé absolutista
provocou, bem como o sofrimento que o marxismo criou para as outras centenas de
milhões de pessoas que conseguiram escapar e sobreviver.
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