Recentemente
a escritora uma apresentadora, de 49 anos, foi vítima fatal de uma crise de asma
seguida de parada cardiorrespiratória.'Essa é uma doença inflamatória crônica
das vias aéreas e se não for tratada com o devido cuidado, pode levar a óbito',
explicou a Tatiana Galvão, diretora de comunicação da Sociedade Brasileira de
Pneumologia e Tisiologia (SBPT)
Recentemente
a escritora uma apresentadora, de 49 anos, foi vítima fatal de uma crise de
asma seguida de parada cardiorrespiratória.
"Essa é
uma doença inflamatória crônica das vias aéreas e se não for tratada com o
devido cuidado, pode levar a óbito", explicou a Tatiana Galvão, diretora
de comunicação da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT).
Segundo ela,
é a forma mais grave da asma que pode causar ataque súbito acompanhado com
parada respiratória.
"Na
maioria dos casos de asma fatal, os sintomas aparecem com mais de um dia de
evolução e se devem à associação de fatores como falta do uso de medicamentos
de controle (os corticoides inalatórios), falta de adesão ao tratamento e de
consultas regulares com o médico para seguir um plano de ação em caso de
crises", conta a diretora.
Tatiana
conta que a doença é gerada por fatores externos (alérgenos). "Os mais
comuns são: inalação de poeira, mofo, fumaça e produtos químicos como tintas,
perfumes e aerossóis; mudança brusca de temperatura; tempo frio; tempo seco;
umidade; resfriados ou gripes; exercício físico e stress".
Foi o que
aconteceu com a Marise Amaral, de 54 anos, secretária da Associação Brasileira
de Asmáticos (Abra/SP), que sofre com a doença que foi desencadeada por um
episódio psicológico.
"Meu
primeiro episódio com a asma foi aos 25 anos após uma depressão pós-parto. Tive
uma crise de ansiedade muito forte e desencadeou minha primeira crise, que foi
gravíssima", afirma a Secretária.
Marise já
tinha um agravante, a rinite, uma irritação e inflamação da membrana mucosa no
interior da cavidade nasal. "A rinite era muito forte desde a
adolescência.
Ela foi se
agravando e quando tive meu primeiro filho juntou a ansiedade com a rinite
descompensada e desencadeou uma crise forte.
O médico na
época queria até me entubar, mas eu recusei, por causa do meu filho
recém-nascido. No dia tomei uma medicação de forte e comecei um tratamento
especial", relembra.
O
medicamento associado às mudanças no ambiente ajudaram Marise a manter a asma
sob controle. "Morava em uma casa pouco ventilada e com carpete, tive que
mudar isso.
Não uso quase
roupa de lã. Uso uma medicação preventiva, que o SUS libera, constantemente,
mas só isso não impede que eu tenha crise.
Quando sinto
que vou ter uso a medicação, tento me acalmar e fazer algumas manobras
respiratórias que me ajudam controlar a asma. Claro que tem um ponto da crise
que é necessário atendimento médico", explica.
Tatiana
Galvão, diretora da SBPT, lembra que alguns medicamentos também podem
desencadear asma. "Medicamento como os beta-bloqueadores para controle da
pressão arterial, colírios para glaucoma, aspirina e outros anti-inflamatórios
não corticoides", conta.
O tempo frio
e seco piora a asma
O muco
(secreção) é uma importante proteção das vias respiratórias. Quando o tempo
está seco e frio, o muco fica mais espesso e mais difícil de sair e, por isso,
as bactérias e vírus não são totalmente expelidos pelos pulmões.
Associado a
um sistema imunológico mais enfraquecido, exposição à poluição atmosférica,
entre outros fatores, pode haver mais incidência de crises alérgicas de asma e
rinite, além de infecções, como a pneumonia.
Casos
No Brasil,
estimativas do International Study of Asthma and Allergies in Childhood (ISAAC)
apontam para uma prevalência de cerca de 20 milhões de pessoas, ou
aproximadamente 13% da população, incluindo adultos e crianças.
No Brasil, a
asma é a 4ª principal causa de internação, com mais de 140.000 hospitalizações
por ano e 2.477 mortes em 2017, de acordo com o Datasus.
Diagnóstico
O exame para
detectar a doença é a espirometria, que avalia função pulmonar. A história
clínica, o exame físico, além de testes de laboratório também são importantes
para o diagnóstico.
Tratamento
O Sistema
Único de Saúde (SUS) fornece tratamento gratuito desde 2011 aos asmáticos por
meio do Programa Farmácia Popular.
Medicamentos
como brometo de ipratrópio, dirpoprionato de beclometasona e sulfato de
salbutamol podem ser obtidos, gratuitamente, com a apresentação do CPF e da
receita médica.
O objetivo
do tratamento da asma é melhorar a qualidade de vida da pessoa, por meio do
controle dos sintomas e pela melhora da função pulmonar.
O tratamento
medicamentoso é realizado junto com medidas educativas e de controle dos
fatores que podem provocar a crise asmática.
O tratamento
depende dos fenótipos da doença, classificados da seguinte maneira: asma de
início na infância, asma relacionada à obesidade, asma de início na fase
adulta, asma ocupacional, asma na gestação, asma associada à Doença Pulmonar
Obstrutiva Crônica (DPOC) e asma desencadeada por aspirina.
Deve-se
tratar também outras doenças associadas à asma e que pioram o curso da doença,
como rinossinusites, refluxo gastroesofágico, distúrbios psiquiátricos, DPOC e
bronquiectasias.
Recomendações
de prevenção
Evitar ao
máximo a exposição aos alérgenos. O casaco que está no armário há muito tempo,
por exemplo, vai ter acúmulo de mofo e poeira, o que pode desencadear uma
crise.
Por isso, é
importante expor as roupas ao sol antes de utilizá-las.
Umidificar o
ambiente e trocar o filtro do ar-condicionado.
Se manter
hidratado e verificar periodicamente os pulmões: consultar o seu médico para um
check-up de asma antes da temporada de gripes e resfriados.
Seguir o
plano de ação para controlar a asma juntamente com o médico e atualizar com
frequência o plano pessoal de ação contra a asma.
Caso o ar
frio seja um gatilho para a asma, por exemplo, é importante se manter quente e
seco e pesquisar as previsões do tempo antes de sair.
Evitar o
contato com pessoas doentes e lavar as mãos regularmente é mandatório.
Vacinar-se contra a gripe e os pneumococos também é essencial.
É
imprescindível usar os medicamentos sabiamente: se lhe foi receitado um
medicamento preventivo, certifique-se de utilizá-lo mesmo que já se sinta bem.
Verificar
também se o dispositivo inalatório está sendo utilizado corretamente.
Com
informações da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT).
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